terça-feira, 26 de junho de 2012

Sobre quantias

Quanto disso não é fugir? Fugir, do quê, afinal? Se nada ficou para trás, nem ninguém.
E quanto não é para esquecer? Ou talvez ser esquecido?
Quanto para procurar, aliás, continuar procurando? Quem procura, procura algo. Como procurar algo que não se sabe exatamente o que é?
Talvez troque de nome. E de idade. Quem notaria?
Quanto mais desconhecido, melhor. Quanto mais desconhecer, mais vivo fica.
Descontruir, um jeito mais bonitinho para significar destruir.

Um comentário:

Felipe Mandu disse...

há um ano, em outro lugar.

domingo, 26 de junho de 2011
Carta de um amor expresso
Eu fico pensando na minha relutância em não ouvir o que a minha mãe dizia e como os fatos vão virando tudo do avesso vem uma vontade grande de vomitar tudo isso que atropela a gente de repende sem pedir licensa vem passando mesmo sem dar tempo de recuperar o fôlego de pontuar a frase de quem sabe ousar uma vírgula é melhor falar tudo não pode simplesmente chegar e abalar transformar reconceituar destruir e recriar e eu deixei eu desejei eu quis e como quis pedi ajoelhei implorei e quando já tinha até esquecido o porquê de tanto choro só tava ali choramingando sem nenhum motivo mesmo veio você você veio você veio não acredito que chegou não é possível é possível sim é estranho porque pedia já sem esperar nada e voltou toda aquela sensação borboletas voando voem pode voar vai voa!